Os diferentes tipos de dissipação de energia mecânica necessários para diferentes tipos de aplicações fizeram com que fossem desenvolvidos amortecedores específicos com diferentes comportamentos. A principal característica a ser variada em um amortecedor para uma determinada condição é o método de dissipação de energia.
As suspensões ativas são aquelas que contam com amortecedores controlados eletronicamente, por meio de sistemas capazes de ler os movimentos do pistão e exercer força contrária ao movimento na medida exata para dissipar a energia da oscilação.
Esse tipo de sistema consome energia do carro, sendo recomendado o uso apenas para utilitários, como SUV e veículos de carga. Já as suspensões semiativas contam com fluidos ferromagnéticos em seus amortecedores, capazes de alterar sua viscosidade a partir de mudanças no campo elétrico ao qual estão submetidos.
As propriedades desse fluido são controladas por um sistema eletrônico que consome menos energia do que os amortecedores ativos, mas com uma boa eficiência, conforto e segurança para o carro. As suspensões passivas são aquelas que contam apenas com o óleo hidráulico com viscosidade definida.
Portanto, não respondem tão bem quanto os ativos e semiativos em situações diversificadas. São mais baratos do que os outros, sendo mais utilizados em veículos populares, para passeio e transporte de pequenas cargas.
É possível regular a suspensão?
Existem sistemas de suspensão ativa que podem ser regulados manualmente de acordo com os critérios do condutor. Esses sistemas contam com amortecedores dos mais variados tipos, de acordo com a aplicação e das condições de uso do veículo.
Podemos encontrar amortecedores pneumáticos, hidráulicos, regulados por parafuso e regulados por atuadores eletromagnéticos em sistemas de suspensão para diversas aplicações diferentes.
São úteis os sistemas de suspensão regulável para pequenas caminhonetes usadas para o transporte de carga, uma vez que qualquer sobrecarga na suspensão pode comprometer a durabilidade das peças do carro.
Aumentar a altura da suspensão nesse caso pode compensar a carga na carroceria, mantendo o chassi no lugar e melhorando, assim, o conforto do motorista. Para veículos esportivos, cuja estabilidade em altas velocidades é uma vantagem para o bom desempenho do carro, é interessante uma suspensão mais baixa.
Com um sistema de regulagem conectado ao computador de bordo do carro, é possível adequar a suspensão mais baixa quando se deseja estabilidade, e aumentar sua altura quando se deseja maior conforto em relação às irregularidades da pista.
Atualmente, existem carros que vêm com esse controle de fábrica, mas, até 2014, era proibido instalar sistemas de suspensão regulável no carro, a menos que ele viesse de fábrica.
Agora, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) já permite a instalação desse tipo de suspensão em qualquer veículo, desde que a parte mais baixa do veículo esteja no mínimo a 10 centímetros do chão, e que nenhum pneu encoste-se ao veículo.